17 de mai. de 2010

Cálcio pode aumentar a queima de calorias dos meninos, indica estudo


Meninos que consomem muitos alimentos ricos em cálcio - destaque para os laticínios - parecem gastar mais calorias quando estão descansando do que as crianças que ingerem menores quantidades do nutriente na alimentação, segundo estudo recentemente publicado no Journal of Pediatrics. De acordo com os autores, os resultados podem ajudar a explicar por que alguns estudos associam uma maior ingestão de cálcio a menores níveis de gordura corporal.
Realizado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, o estudo incluiu 315 crianças com idades entre sete e 12 anos, avaliando a relação entre o relato de ingestão de cálcio, o gasto de calorias no descanso - com a medida do uso de oxigênio e a produção de dióxido de carbono na respiração - e os níveis de gordura corporal dos participantes. E os resultados mostraram que há uma forte relação entre a maior ingestão de cálcio pelas crianças e um menor nível de gordura corporal, e também uma associação entre o consumo do nutriente e um maior metabolismo de descanso. Além disso, o maior gasto de energia estava associado a menores níveis de gordura corpórea.
Entretanto, quando avaliaram meninos e meninas separadamente, os pesquisadores descobriram que essa relação só seria significativa para os garotos. "Acreditamos que isso pode ter a ver com os hormônios reprodutivos, mas não sabemos ainda", explicou o pesquisador Jose Fernandez. De acordo com os autores, o estrógeno - hormônio feminino - é conhecido por encorajar o acúmulo de gordura, enquanto a testosterona - hormônio masculino - impulsiona a formação de tecido corporal magro.
Para os especialistas, o cálcio ajuda a regular o metabolismo, tendo efeitos sobre o acúmulo de gordura, influenciando o uso de calorias no descanso. Por isso, os resultados do estudo representam mais um incentivo para se buscar a ingestão das quantidades recomendadas do nutriente - 1300mg diários para crianças e adolescentes; 1000mg para adultos com até 50 anos; e 1.200 mg para aqueles com mais de 50 anos de idade.
Fonte: Journal of Pediatrics. 19 de abril de 2010.

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