11 de mai. de 2010

Relacionamentos, e a relação com a obesidade

Vamos refletir em como funciona o indivíduo com sobrepeso/obesidade pensando gordo. Quando escolhemos entre um pequeno sonho e um ao lado, grande é este mesmo que irá optar em comer. Bem perto de nós, podemos observar em como esses comportamentos se dão quando algumas pessoas ao entrarem a uma loja para comprar um sapato, experimentam um preto, básico, mas, ao lado tem um verde lindo, e outro marrom, e quando sai da loja se dá conta da loucura que fez. Comprou os sapatos que precisava, e mais outro três pares diferentes. As crises de compulsão pode se dar em vários aspectos de nossas vidas, e cada um experimenta de forma diferente essa manifestação, um comportamento a qual chamamos de perda de controle. Nas relações interpessoais, a situação se repete de uma forma disfarçada. A compulsão vem transvertida através da necessidade do outro nos completar. Observamos na clínica como também em nossa vivência pessoal, várias relações aonde podem detectar um adoecimento do afeto. Essa necessidade de que o outro nos complete, possa preencher nossos anseios, vazios, solidão e angústias. A partir deste ponto averiguamos que grande parte das pessoas pensam gordo, e acreditam realmente que o outro deva encarnar a sua idealização, e se decepcionam quando se deparam com as diferenças, com a não completude de seus pensamentos, seu corpo (simbiose), e na seqüência, cortam as suas relações, destrói o outro. Nos decepcionamos, não deliberadamente, mas por ser justamente – O OUTRO, com anseios, desejos, crenças, referências diferenciadas, e que realmente não vai e não pode, se colar ao desejo e no anseio do amigo. Na relação do pensar gordo , do desejar mais, podemos querer que o outro seja o maior dos amigos, o melhor, o mais compreensivo, o mais presente, para justamente compartilhar a forma de ver e vivenciar as situações do dia a dia, o pensamento mágico de que tudo vai melhorar, se o outro os preencher. E a comida, não é essa a função que ela exerce no obeso? Sílvia Luciana Kotaka -Psicóloga Clínica Especialista em Obesidade e Transtornos Alimentares Curitiba-PR

1 comentários:

ANA LÚCIA disse...

Gostei da postagem. É um assunto sério saber lidar com a relação x obesidade. Tem muita gente que não consegue!
Abçs,
Ana

12/5/10
Este Blog tem a função de transmitir informação e NÃO faz parte de uma consulta com profissionais. É preciso saber que a individualidade existe e que não é tudo que funciona para todo mundo. Informe-se e procure um profissional na hora de aplicar a informação!
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