Frente as dificuldades que enfretamos em nossa rotina de vida, vem aumentando a frequência de pacientes que trazem relatos de insatisfação, seja nos relacionamentos, no trabalho, ou na falta de prazer em sua vida. Relatam que comer acaba sendo uma fonte de prazer imediata, e que não precisam se empenhar muito para terem acesso.
Muitas vezes a obesidade vem denunciar e concretizar a dor que o sujeito está exposto. Muitas frustrações ficam impressas no corpo, e a gordura vem de alguma forma com a finalidade de bloquear a dor, tentando esconder do mundo aquilo que o aflinge, que o coloca vulnerável , sejam para as pessoas que a rodeiam ou como forma de se esconder de si mesma.
Mais de 90% dos pacientes que chegam ao consultório querendo perder peso , vem com um pedido de socorro, quando não estão mais dando conta de lidar com seus problemas emocionais.
Como a obesidade é considerada hoje como uma epidemia, é necessário a mudança de postura dos tratamentos, levando em consideração esses fatores que vem se comprovando fortes disparadores para o consumo de comidas.
Como há vários fatores que contribuem para a obesidade, propondo uma reflexão que gere mudanças no enfoque do tratamento da obesidade, para que profissionais e pacientes, possam obter resultados mais concretos e eficientes, nessa luta tão difícil e sofrida que é a perda de peso.
Desta forma, a psicologia ganha espaço no trabalho de reconstrução do sujeito, na busca por melhorias na qualidade de vida e das relações, pois temos que ter como meta, sermos felizes, para que desta forma, possamos usufruir de outras fontes de prazeres que não a comida.
Luciana Kotaka – Psicóloga Clínica
Especialista em Obesidade e Transtornos Alimentares
Curitiba-PR
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